domingo, 15 de novembro de 2009

A Competição do Karaté


A história recente do karaté pode-nos levar por muitos caminhos e filosofias. Vou retratá-la de forma genérica, sem entrar em conceitos específicos de estilos ou organizações.

Quando o Sensei Masatoshi Nakayama já era Instrutor-Chefe da JKA, criou as regras competitivas do karaté, aprovadas pelo governo em 1952. Contudo, só em 1958, depois do falecimento do Sensei Funakoshi – que se oponha à competição e dizia “é como plantar flores num jardim de cimento”, surgiu o primeiro campeonato inter-estilos do Japão.

Mais tarde, importantes instrutores japoneses, enviados para vários países do mundo levaram a competição do karaté tradicional ao planeta inteiro.

Com o passar dos anos criaram o karaté desportivo e com ele nova filosofia e regras adaptadas a essa realidade.

No início não havia protecções, as provas realizavam-se no piso existente nos pavilhões, os treinadores e árbitros tinham pouco formação, os competidores pouco treino específico, havia pouco estudo/análise da competição, etc. Todos estes factores limitavam muito as provas.

Nos nossos dias a realidade é diferente. Entrámos, e aqui falo das competições das federações, num “karaté artístico” e científico, repleto de acrobacias, mas desprovidos, numa grande maioria de competidores, de valores marciais.

A competição, se for bem aproveitada, é uma mais-valia para o nosso desenvolvimento e para o nosso karaté. Caso contrário, é só mais um mau tributo à arte. Como diz o meu amigo Sensei João Ramalho, muitos campeonatos são “verdadeiras feiras de vaidade”! Quando assim é, não há vantagens, pelo contrário…

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