sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Seiza II

Muitos de nós já se interrogaram na forma específica de alguns Mestres fazerem o seiza, nomeadamente a posição dos pés. A razão pode estar na tradição japonesa.

Tradicionalmente existem variações no seiza. Atenção que agora não falo do karaté em concreto, mas a nível cultural. Claro que está tudo interligado e as influências existem.

O certo é que existem algumas variações e cada forma tem um significado. Vários exemplos. (1) Os homens sentam-se com o pé esquerdo sobre o direito, que representa a energia yang. (2) As senhoras ao contrário, que significa a energia yin. (3) Os sacerdotes com os pés paralelos, sem estarem cruzados. (4) Os visitantes de um dojo não colocam o peito do pé no chão, mas sim a almofada do pé, ou seja, ficam com o pé na vertical.

Outra diferença, entre os homens e as senhoras, é a posição dos membros inferiores. Nos homens afastados, nas senhoras juntos.

As mãos também têm um local específico para se colocarem. No caso concreto do karaté, devem ficar abertas, à vista, com as palmas das mãos para baixo e dedos unidos. Segundo um Mestre da JKA, as mãos devem ficar nesta posição pois simbolizam uma das mais importantes características da nossa arte, estar de mãos vazias, e mostrar exactamente esse facto, estamos ali de mãos vazias.

A cabeça não deve ficar completamente vertical, o queixo deve-se aproximar ligeiramente do peito. No Mokuso este simples facto faz toda a diferença.

Voltando agora ao karaté. No Japão, nos dojos de artes marciais, enquanto o Sensei explica, todos os alunos e assistentes, tomam essa postura imediatamente. Acreditem, ou não, o espírito é outro.


Hoje o Sensei Pula vem a Leiria dar o habitual treino mensal. É mais uma oportunidade de receberem ensinamentos dele, basta aparecerem.


Também hoje, presumo eu, vai ser divulgada a lista de quem vai frequentar os cursos de treinadores da Federação Nacional Karaté Portugal.

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