Nas artes marciais em geral, e no karaté em particular, há um longo e controverso debate sobre os tempos para atingir a graduação de Dan (cinto negro).
Do pouco que vejo, percebo que não é uma matéria concensual e há as mais variadas opiniões, todas baseadas em inúmeros factores.
O certo é que nós no ocidente, ao contrário do Japão, demoramos uns bons anos atingir os Dan's. Na terra do sol nascente, não estou certo, mas 2 - 3 anos e já são cintos negros.
Basta ver os currículos de um qualquer Sensei mais conhecido. Começou a treinar num ano e passado um ano ou dois atingiu o shodan (1º Dan). Mais um ano de treino e subiu a Nidan.
Bem, muitos estão a pensar que eles treinam várias horas por dia, 7 dias por semana. A mim não me parece, ao que sei tem mais ou menos a nossa carga horária semanal.
Agora há, entre nós e os japoneses, uma abismal diferença de cultura e comportamento e é aí que se marcam as diferenças. E quer queiramos, ou não, a atitude deles no dojo é completamente diferente da nossa.
A cada dia que passa, mais karatecas aparecem nos dojos não para treinar karaté, mas para dizerem que treinam karaté. Somos nós que temos a obrigação de mudar a nossa mentalidade e adaptarmo-nos ao karaté e não o karaté alterar-se para o facilitismo.
Não basta dizer as máximas em voz alta, temos de as aceitar incondicionalmente e aplicá-las a cada minuto. Só assim nos podemos aproximar e comparar com os nossos colegas karatecas nipónicos.
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
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Caro amigo Jordão
ResponderEliminarO Karaté desenvolveu-se em determinado momento histórico e cultural no Japão. Foi importado para o ocidente, e, como tal, houve uma aculturação - perderam-se umas coisas, ganharam-se outras e algumas foram modificadas.
Tu próprio o dizes - abismal diferença de cultura e comportamento!
Remeto-te para as questões que coloquei no comentário do post anterior.
Grande abraço!