Há várias formas de ensinar e de treinar as katas, mas nem todas são as mais correctas.É de extrema importância, sob pena de se perder a própria essência, saber os movimentos correctos das katas.
Já vi alguns instrutores a explicarem katas sem terem a noção correcta dos movimentos, incluindo o desconhecimento do número deles.
Bem, já nem me refiro a interpretações completamente desfazadas de técnicas e a referência a execuções disparatadas e distantes da realidade.
Há uma situação básica que devemos ter sempre em consideração, a contagem contínua dos movimentos e o evidente respeito da atribuição da contagem à técnica realmente correspondente! Assim, ao terminarmos vamos puder saber se contámos de forma certa.
Não é por acaso que os Grandes Mestres fizeram questão de publicar livros sobre as katas e explicaram detalhadamente cada técnica! Agora, será que temos a legitimidade de alterar as katas porque simplesmente não nos damos ao trabalho de as estudar e treinar da forma correcta? A mim não me parece. Cada um de nós deve ter a preocupação de aprofundar o estudo e treino das katas, mas da forma correcta.
Há uns tempos um colega karateca disse-me algo extraordinário: "quando quiseres saber alguma coisa das katas pergunta-me, que eu vi os vídeos do Sensei Tanaka e já sei como se faz.". Incrédulos? Não fiquem, há por aí muito karaté à deriva, a viverem de vídeos...
A cada dia de treino que passa sinto que tenho um caminho mais longo e as minhas dúvidas surgem a cada momento. Curiosamente alguns pensam que já sabem como se faz...
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Este Natal, um grande amigo meu ofereceu-me um livro que narra pequenas histórias de grandes Mestres.
Neste espaço, e porque me parece relacionado com a nossa arte, vou transcrever alguns desses contos.
A Rocha
O aluno perguntou ao Mestre:
- Como faço para me tornar o maior dos guerreiros?
- Vai atrás daquela colina e insulta a rocha que se encontra no meio da planície.
- Mas para quê, se ela não vai me responder?
- Então golpeia-a com a tua espada.
- Mas a minha espada irá partir-se!
- Então, agride-a com as tuas próprias mãos.
- Assim, irei ferir as minhas mãos... E também não foi isso que eu perguntei. O que eu quero saber é como faço para me tornar o maior dos guerreiros.
- O maior dos guerreiros é aquele que é como a rocha, não responde a insultos ou provocações, mas está sempre pronto a desenvencilhar-se de qualquer ataque do inimigo.
Caro amigo Jordão:
ResponderEliminarPena é haver poucas rochas em Portugal (só conheço a Praia da Rocha e outra Rocha que fica perto de Viana do Castelo)...
No entanto, calhaus há muitos!
Um abraço
Será um qualquer sonho daquele karateca que quer seguir o caminho das 5 máximas??
ResponderEliminarPergunto-me............
Ass: L.C.A.
Grandes palavras, vindas de um grande Sensei.
ResponderEliminarEmbora nao esteja ha muito tempo no karate ja me consegui aperceber que as katas sao bastante desrespeitadas, tanto em termos de contagem como na técnica dos movimentos. Nós próprios, karatecas, devemos procurar a ajuda de vários Mestres para nos apercebemos de como as coisas devem realmente ser feitas.
Muitas vezes até aprendemos certas e determinadas coisas que não lembram o menino Jesus dos sampais. É triste, no entanto temos de procurar a forma correcta de fazer karate com os nossos Mestres, e estes por sua vez devem procurar dar respostas certas em vez das suas interpretações.
LCA
ResponderEliminarTodos nós devemos seguir os nossos sonhos. Agora há gente que não sabe o que é um sonho e seguem outras coisas.
Cheila.
ResponderEliminarObrigado pelo teu comentário.
O karaté é um caminho de auto-conhecimento. Como diz o Sensei Pula, não há mal em errar, mal há em estar sempre a errar.
Sensei Armando.
ResponderEliminarA cada dia que passa mais e mais calhaus aparecem. Infelizmente temos de viver com eles. Não rosas sem espinhos...
Oss!
Caro Sensei... e se a Rocha não for muito grande, tambem a poderemos arremassar contra as cabeças dos nossos inimigos, e não é preciso nos cansarmos muito.
ResponderEliminarSem mais me despeço...oss
ass: NC