terça-feira, 4 de agosto de 2009

Intrutores de Karaté



Hoje, depois de ter passado bastantes dias a pensar e a reflectir, escrevo sobre um tema que me atormenta e me persegue constantemente. As qualidades dos instrutores de karaté.

Muito há para discutir sobre este assunto, mas vou focar a minha atenção em aspectos, no meu entender, mais importantes, como é o caso do consumo de drogas, práticas delituosas e má formação pessoal.

Todos sabemos das conexões existentes nas diversas áreas da nossa vida. Não podemos despir o do-gi, vestir a “pele” de outra personagem e pensar que estão dissociadas!

E depois há a responsabilidade de termos crianças e contribuirmos, e de que maneira (!) na sua formação e educação.

Então um instrutor pode, ou deve, andar a apregoar valores e praticar acções contraditórias às promovidas nas aulas? Sabendo que os seus alunos, familiares ou amigos vão ter conhecimento desses acto vergonhosos. Ou consegue andar sempre a coberto? A verdade é como o azeite…

Infelizmente esses indivíduos continuam por aí a leccionar a nossa nobre arte e alguns infortunados, uns por desleixo, outros por falta de informação, colocam os seus filhos nas mãos de verdadeiros marginais e criminosos! Sim, criminosos! Porque andarem aí a fazer cobranças difíceis, burlar as pessoas e outras coisas relacionas com drogas ilegais (…), são crime!

Com que cara se olha ao espelho um indivíduo consumidor de estupefaciente (e haxixe, ecstasy ou cocaína são estupefacientes!) e é instrutor de karaté?! Ah! Já sei a resposta! É tudo mentira e é um conjunto de mal entendidos… Pois é, mas quando são submetidos ao controlo anti-dopping não há mal entendidos, ou há?! Bem, se calhar trocaram as amostras…

Mas também não vejo com bons olhos instrutores andarem por aí a beber álcool e fazerem figurinhas… As crianças têm uma imagem do seu “professor”, alguns até lhes chamam mestre (!) e depois descobrem coisas do arco-da-velha. São desilusões enormes e o karaté sai a perder.

Há uns dias tomei conhecimento de mais uma escola de karaté em Leiria. Pessoalmente sou, e acreditem que sou mesmo, a favor da abertura de centros de karaté, vejo isso como benéfico para as escolas de qualidade. Mas desses dojos o karaté e a nossa cidade não precisa!

Acreditem, às vezes apetecia-me chamar os burros pelos nomes e tratar mal essa gente, mas é melhor assim…

3 comentários:

  1. OSS!
    Concordo perfeitamente com o que foi dito no arquivo.
    Cada um tenta fazer a sua própria felicidade mediante as condições que vai tendo mas há que ter cuidado com certos "desvios éticos". É importante realmente optar pelo caminho mais apropriado para alcançar essa felicidade interior para que não ocorram imprevistos, mal entendidos ou situações menos positivas, sobretudo se este aspecto remete para o desprestígio do karaté.
    Podemos ser felizes com pouco, se temos felicidade interior...fácil de dizer...mas há que ter a consciência desta questão.
    OSS.

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  2. Boas! Agora vou ser aqui muito rápido porque já estou atrasado para o treino (!).
    Concordo contigo em 99% das coisas que dizes mas sobre este assunto acho que entras-te pelo lado errado porque o problema não e ser crime há 1500 drogas que são legais aos olhos da lei portuguesa e são bem piores que haxixe e não sei se não há piores que ecstasy. Outra coisa é colocares o haxixe dentro do mesmo pacote que o ecstasy e que a cocaína. Esse erro de tratar todas as drogas da mesma maneira faz com que as crianças estejam mal informadas. As idades onde há mais gente a experimentar drogas duras é entre os 13 e os 15. Mas não estamos aqui para falar disso. O problema aqui não é criminal mas sim moral. Ao contrario do que muita gente pensa eu não consumo Haxixe nem nenhum tipo de canabinoide mas sou muito liberal em relação a isso (até fui a marcha da legalização) mas também concordo contigo que um instrutor de karaté tenha que ser uma pessoa cheia de valores morais e nunca iria por um filho meu com alguém que tomasse drogas como anti-depressivos e muito menos coca ou ecstasy....

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  3. Bruno.
    Na minha vida profissional já vi muita coisa relacionada com as drogas, muitas bem dramáticas!
    Já ouvi muitos discursos sobre este assunto e cada dia que passa estou mais convicto, e ninguém me convence do contrário, que, droga é droga!
    Por vezes os legisladores demoram a identificar as drogas e algumas legais são piores que as outras. Mas as legais só são, ou devem ser, consumidas mediante receita médica, enquanto as outras o dealer motiva a malta a tomar...

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