As últimas alterações impostas à carreira de treinadores, onde nós os karatecas também estamos incluídos, vêm recordar velhos tempos do nosso karaté.
Com tanta imposição parece que vamos voltar aos tempos de treinar às escondidas, em espaços secretos, limitando as aulas a poucos e de confiança.
Foi nestas condições que durante muitos anos os nossos antepassados foram transmitindo os seus conhecimentos. Claro que perdeu-se muita informação, pois nem documentos escritos podiam editar. A sabedoria era passada verbalmente de pessoa para pessoa.
Depois, e por várias vezes, mestres desconfiavam de alguns alunos que lhe apareciam nos “dojos”. Apareciam e diziam vir enviados por outros mestres para lhes ensinarem, por exemplo, katas. Ora, receosos e sem qualquer tipo de confirmação das suas credenciais, os mestres ensinavam-lhe katas errados e fundamentos falsos. Muitos katas errados foram ensinados e parece que alguns foram implementados em escolas de karaté…
Há notícias que apontam para o próprio Sensei Funakoshi, quando já vivia em Tokyo, ter enviado o seu filho Yashitaka a Okinawa para aprender alguns katas com mestres locais. Mas neste caso concreto não há informação de lhe terem ensinado katas alterados!
E não podemos esquecer que naqueles tempos cada kata era treinado durante 3 anos! Ou seja, não haviam muitas formas, pois a dedicação a cada uma levava muito tempo. Cada mestre dominava muito poucos katas, limitava-se a um conjunto limitado de formas.
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