Todos nós já constatámos a grande mudança do ser humano.
No passado, e em termos genéricos, antes da revolução industrial (meados do século XVIII), o homem não tinha tempo livre, pois todas as suas actividades eram físicas, com um desgaste brutal. Não lhe sobrava tempo, nem energia, para treinarem ou dedicarem-se a acções lúdicas.
Com a revolução industrial, quando as máquinas tomaram conta dos trabalhos mais pesados e os passaram a executar de forma mais rápida, passámos a ter disponibilidade para realizar tarefas até então inexistentes, e surgiu, aos poucos e poucos, o desporto.
É óbvio que as artes marciais tiveram uma origem diferente! Elas surgiram de uma necessidade básica do ser humano, a sua defesa. Depois, com o aparecimento de grandes mestres, juntaram os valores morais e hoje, felizmente, somos o que somos.
Voltando aos desportos, onde alguns já incluíram o karaté… Com tempo livre também se deu um boom tecnológico e apareceram milhares de artigos novos. A verdade é que o desporto dá grande oportunidade à criatividade e ao desenvolvimento humano, basta ver, o constante aparecimento de novos desportos e actividades físicas, como é o caso, muito em voga, dos desportos radicais.
Mas, se todas estas oportunidades são aproveitadas por muitos, muitos mais há a dedicarem os seus tempos livres às novas tecnologias informáticas, deixando de lado o corpo! Desta opção estão a surgir inúmeros problemas físicos e mentais para o homem, obesidade, problemas cardíacos, depressões, etc. Por incrível que pareça estamos agora regredir.
É importante, e cada vez mais, levar as crianças aos nossos dojos. Temos de arranjar motivação extra para os arrancar das cadeiras à frente dos computadores, televisões e consolas de jogos, onde comem fast food, doces e muitos fritos. Essa tarefa, dificílima, passa, não só pelos pais, mas essencialmente por nós, pois temos de os fazer treinar duro, mas, e ao mesmo tempo, dar-lhes razões válidas para se dedicarem às artes marciais.
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