sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Associações


Hoje vou tocar num assunto muito sério, que durante muitos anos subestimei, pois pensei não existir no nosso país.

No fim-de-semana passado, no decorrer do treino de elite, falei, durante bastante tempo, com um colega instrutor de karaté. Entre outras coisas, contou-me um episódio negro na sua vida enquanto karateca. É sobre esse acontecimento que vou escrever.

A determinada fase da sua carreira optou, por várias razões, sair da associação onde esteve filiado vários anos. Surpreendentemente a sua vida, e durante muitos meses, tornou-se um verdadeiro inferno! Contra ele foram cometidos vários crimes, ameaças, danos, coacção, tentativas de agressões…

Por incrível que possa parecer, no karaté, supostamente uma arte marcial nobre, estas situações ainda acontecem! Sinceramente, eu não estava ciente deste facto.

Isto faz levantar muitas questões e levou-me à reflexão durante estes dias.

É bem verdade, e todos nós sabemos, haver pessoas sem escrúpulos e sem formação cívica à frente de associações. Esses indivíduos, só visam os seus interesses próprios, entenda-se, interesses monetários! Pois o bem-estar geral dos seus filiados fica subjugado para segundo plano.

Depois, e como não têm argumentos técnicos e organizacionais, por pressões físicas e mentais, vão mantendo os filiados. Quando alguém se manifesta contra, pontualmente e a avulso, lá vão fazendo umas pequenas alterações.

Mas, pela sua má formação, não aceitam ser abandonados e desencadeiam acções nada abonatórias para o karaté. Inclusivamente, entram na criminalidade, praticando actos ilegais e condenáveis por todos.

Não pensem que isto acontece a “instrutores de segundo plano”, não! Há por aí grandes mestres que sofreram, e ainda sofrem, estas situações…

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